As divas do pop estão impactando a economia carioca
Com a segunda edição do ‘Todo Mundo no Rio’ prestes a acontecer, o projeto já se mostra uma das maiores iniciativas para o fomento do turismo
Por: Mirela Almeida
Em
2024, a prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou o projeto ‘Todo Mundo no Rio’,
que tem como objetivo transformar a praia de Copacabana em um palco para
grandes atrações musicais, com shows gratuitos para o público. Em especial, no
mês de maio, que se consolida como o mês de celebração cultural na cidade.
Na
sua primeira edição, o evento já mostrou o seu imenso potencial ao trazer a
rainha do pop, Madonna, para uma apresentação única no Brasil, que encerrava a
sua turnê The Celebration. Com um público de 1,6 milhões e com a atenção do
mundo voltada para o Rio de Janeiro, os efeitos positivos não ficaram apenas na
experiência dos fãs. O evento arrecadou
mais de R$ 300 milhões,
gerando um impacto
para o setor turístico e
para a economia carioca.
Neste
ano, quem se apresenta em Copacabana é a cantora Lady Gaga. O show acontece no
dia 3 de maio, com um repertório intitulado como Mayhem on the Beachque. A
apresentação já gera grandes expectativas e ansiedade dos fãs, que anseiam pelo
show da artista desde o cancelamento da sua última vinda ao Brasil, em 2017.
Enquanto a expectativa da prefeitura para o show da diva do pop é em valores
estimados em mais de R$ 600 milhões.
Às vésperas do show de Gaga, os setores de hotelaria e aviação já apresentam números expressivos do impacto do evento. De acordo com análise feita pela Data Appeal, agência especializada em inteligência de dados, e divulgada pela revista Panrotas, houve um aumento nas reservas de voos, busca por passagens e hospedagens para este período. Quase 17 mil passageiros desembarcam nos aeroportos de Santos Dumont e Galeão na semana do show da Lady Gaga. Ainda segundo a agência, as reservas para o Rio de Janeiro registraram um aumento de 73% na semana do show, em comparação ao mesmo período de 2023. Além disso, houve redução de 16% na duração média de estada, o que sugere que parte do público viajará especificamente para o show.
Já a
rodoviária da cidade se prepara para receber mais de 200 mil pessoas durante a
mesma semana. De acordo com a concessionária, o terminal rodoviário deve
registrar 100 mil desembarques apenas entre sexta e sábado, no dia do show.
No
que se refere ao setor de hospedagens, os aluguéis de curta duração, como na
plataforma Airbnb, a taxa de ocupação subiu para 21,9%, enquanto os preços
médios dispararam 55%.
Em
hotéis, tiveram alta de 14% na ocupação, enquanto o preço da diária teve um
aumento de 12,8%. Em fevereiro, já era possível ver um aumento no número de
ocupações e aumento nos valores das diárias nos aplicativos de reservas para a
semana do dia 3 de maio, somente com os rumores da vinda da artista ao Brasil.
De acordo
com uma pesquisa
realizada pela HotéisRio, a ocupação média hoteleira está em 71%. A região de Copacabana/Leme
lidera o índice de ocupação em hotéis, com 83%. Em seguida, Ipanema/Leblon,
82%, Barra da Tijuca/Recreio/São Conrado, 69%, Flamengo/Botafogo, 66% e o Centro
com 54% de ocupação. Em 2024, com o show da Madonna, a ocupação
média em hotéis
foi de 83%, também tendo grande concentração na região de Copacabana e
Leme, com 95% de ocupação.
Segundo o presidente da HotéisRio, Alfredo Lopes, a estratégia da prefeitura do Rio em promover megashows na cidade é fundamental para o turismo, beneficiando toda a cadeia do setor que envolve hotéis, restaurantes, comércios, assim como melhora a imagem da cidade.
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