Apesar da diminuição global, a contaminação de hiv aumentou entre jovens brasileiros

Estudos revelaram a queda da doença pelo globo, porém quando os estudos apontam para áreas geográficas, as contaminações aumentaram.

Por: Giovanna de Moraes e Hanna Kauanin.

Imagem de um teste de HIV | Imagem de divulgação da internet


Os números mundiais de registros a respeito de novos casos sobre a AIDS têm diminuído ao longo dos 23 anos. Segundo a UNAIDS, programa da ONU para monitorar a doença pelo globo e, principalmente nos países que possuem mais dissidência de contágio. Embora a quantidade de pessoas contaminadas gire em torno de 1.4 milhões, estes dados já foram maiores em 2000 quando naquele ano as infecções atingiram 2,8 milhões de pessoas. Com o controle da doença os números vêm caindo, porém, em 2022, houve um crescimento principalmente entre os jovens entre 15 e 24 anos no Brasil, o aumento entre 2020 e 2022 foi de 23,4%.


De acordo com o relatório divulgado pela UNAIDS, em 2023 as novas infecções globais ficaram na média de 1,3 milhões. Os novos casos no recorte etário entre 15 a 24 anos atingiram uma média de 1,2 milhões. Apesar dos números serem altos, em termos globais, ocorreu um declínio das contaminações. O registro da queda é um esforço de colaboração entre programas governamentais e no desenvolvimento tecnológico para a prevenção e tratamento da doença. 


Um exemplo dos desenvolvimentos ao longo dos anos para prevenção e tratamento, foi a PrEP, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio da Fiotec, e financiado pela Unitaid, organização que atua na resposta global ao HIV/Aids. Sendo um tratamento pré-exposição, a PrEP é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), de forma gratuita. 


Uma das atuações que o Brasil tomou como medida para a prevenção, foi desenvolvida em algumas etapas como: Identificação com os testes rápidos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que pessoas contaminadas consigam iniciar o tratamento o mais precoce possível, o tratamento preventivo pré-exposição com a PrEP e nos casos de contaminação, tratamento com medicamentos e acompanhamento psicológico disponibilizado gratuitamente pelo SUS. Com isso, atualmente as pessoas infectadas podem ter uma vida sem complicações decorrentes da doença, com tratamento pós-contaminação, também gratuitamente. 


Porém, embora apresente uma queda globalmente, alguns países acabam apresentando um aumento regional dos casos, como o Brasil. Apesar da diminuição dos casos de AIDS, o contágio do vírus da HIV vem aumentando, sendo 17,2% superior, entre os anos de 2020 e 2022, incluindo na faixa etária de 14 a 24 anos, enquanto na faixa de gênero, homens jovens acabam sendo os mais afetados, apesar de haver um crescimento de contaminação feminina.


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